18.2.10




Fotos: Roberto Arrais



Li um texto que fala sobre a aceleração do tempo e sobre a chegada de 2012 e suas transformações. Não é um daqueles que professam o fim do mundo, mas nos alerta para a importância da frequência de energia em que estamos vibrando, pois é a partir desta frequência que percebemos os fenômenos que estão acontecendo neste momento de transformação do planeta Terra. Fiquei com essas idéias na cabeça... depois, pensei numa frase que achei e usei na apresentação do meu mestrado, quando distribuí óculos de brinquedo: o que você vê, depende da lente que você usa. Será que o ritmo da natureza acelerou? ou será que a vida artificial que criamos, cheia de compromissos, metas e relógios, é que não está mais em harmonia com o biológico que nos sustenta? Nós, mulheres, somos estimuladas pela mídia a ignorarmos nosso ciclo menstrual. Que absurdo! A sabedoria feminina sempre reverenciou este momento mágico da mulher, ensinando-nos rituais que nos integram ao ciclo da Deusa. A cultura que construímos foi nos afastando de nós mesmas. Observo o sol, a lua, as estrelas. Acompanho o crescimento das plantas, os ciclos de floração da roseira, as ofertas de doces jabuticabas, o ritmo das marés, a oscilação da força dos ventos, as idas e vindas de pássaros, as nuvens densas formando chuvas e as leves dançando no céu. Não sinto que tudo isto está acelerado. Mas, mexemos com as conexões que existem entre todos estes entes. Como humanos, cometemos o erro de sentarmos num trono de reis do universo e não percebemos que apenas somos um elo na grande teia da vida. Tudo está interligado. Se tiramos uma árvore do lugar e plantamos outra num local diferente, podemos até ter compensado a questão de absorção do CO2, mas alteramos o equilíbrio existente naquele espaço/tempo. Os índios se referem a todos e a tudo como parentes, portadores de uma energia própria, chamada de espírito. Devemos aprender com estes sábios que temos que respeitar estas energias, invisíveis dentro dos conceitos racionais que desenvolvemos para explicar o mundo. Jung já nos falava, na primeira metade do século passado, que chegaria um tempo em que a física de Einstein e a sabedoria do oriente, e a psicologia baseada nela, estariam bem próximas e nos mostrariam que há muito mais entre o céu e a terra do que podemos imaginar com as bases de conhecimentos que o ocidente desenvolveu até agora. Agradeço ao Universo a oportunidade de ter entrado em contato com a Psicologia Transpessoal, com o xamanismo, com o conhecimento sagrado do tarô e da astrologia, com a magia dos florais. Como é fantástico poder viver um pouco, ainda, fora da matriz. Meditar, orar, colocar os pés na grama, tomar suco de laranja de verdade, desejar o bem, viver a paz, distribuir amor, sentindo um calorzinho gostoso saindo do coração quando coloco meus olhos em outros olhos e me conecto com a vida. Tenho um longo caminho à frente, mas já me ensinaram que toda jornada começa sempre com o primeiro passo.

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