13.2.08

Lingerie

Não há nada melhor do que um grupo de mulheres escolhendo calcinhas e sutiãs eróticos. Quem já viveu esta situação sabe do que estou falando e quem não teve a oportunidade não sabe o que perdeu!
Estávamos, eu, minha filha e duas grandes amigas minhas, numa loja chique, tomando champanhe, provando roupas e conversando. De repente, outra cliente falou que a amiga dela estava numa cabine com várias sacolas de lingerie. Fomos para lá na hora e ficamos espremidas, umas seis mulheres numa cabine apertada, com um montão de sutiãs e calcinhas lindas. Os comentários eram os mais hilários.
Esse daqui é linnnndo! Bem chique. Ah! Não quero ser chique, quero é ser puta mesmo. Me dá o vermelho com preto. Seu marido é do Náutico? Então pega esse que ele vai adorar pegar um timbu. Esse tá bem romântico. Já esse aqui combina com aquele meu vestido preto e branco. Tem M desse aqui? A gente pode comprar igual porque os maridos são diferentes.
Diversas idades, formações profissionais completamente diferentes, momentos únicos nos relacionamentos, algumas casadas há vinte anos ou mais, outras recém-casadas (tudo bem que é o terceiro casamento), outras namorando, mas todas querendo apenas amar e se sentirem amadas por seus homens. A imaginação corria solta e todas as mulheres fantasiavam como seriam os encontros amorosos em que essas calcinhas e sutiãs iriam ficar jogadas num cantinho da cama, ou do chão, depois de terem ajudado a enfeitiçar seus amados.
Mesa de bar, ao redor do fogão, caminhadas em praças, terapias em consultório, oficinas de mulheres, oportunidades de aprendermos que o que quer uma mulher, Freud, lá no núcleo mais central, é o feminino, o ser fêmea. O resto são formas de expressão desse feminino e vai variar de acordo com a cultura na qual cada mulher está inserida.
Quando é que vamos assumir esse desejo?

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