15.8.09


O telegone toca e a secretária novata da casa atende.
- Alô! Boa tarde!
- Alô! Por favor, eu queria falar com Gabriela.
- Quem é?
- É o pai dela.
- Um minuto... Rodrigo, é seu pai.
- Alô! Oi, Pai. Hein?!!! Ah! Oi, Eduardo. Vou chamar Gabi.
Risadaria geral.
- Pedro, Lena pensou que Eduardo era painho.
Mais risos.
Pergunta a secretária, mais confusa ainda:
- E não são todos filhos do mesmo pai? Por isso que Raphael chegou outro dia e me disseram que era irmão dos meninos, mas não era filho da patroa. E teve uma tarde que Gabi trouxe uma irmã, disse que tem duas, que também não são filhas de Dona Patrícia.
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Quem olha assim, de fora, pode até pensar numa promiscuidade, que os filhos são todos problemáticos, que não há harmonia no lar. Mas, deixando o preconceito de lado, as novas arrumações familiares, com os meus, os seus, os nossos, os do ex, tudo junto, têm fornecido um modelo de relacionamentos íntimos.
Aprende-se a respeitar a diversidade, os hábitos, os costumes, de cada núcleo familiar de origem, e se introduzem formas diferentes de se viver, o que só expande o universo de cada um dos membros da nova comunidade que convive no dia a dia.
No nosso caso, na nossa casa, tudo isso é vivido com muita tranqüilidade, alegria e amor. Não são poucos os momentos que soltamos grandes gargalhadas, com histórias compartilhadas à mesa ou com leseiras que acontecem quando estamos juntos.
Com certeza, estamos felizes, como vocês podem ver nessa foto, onde Roberto está ocupando a função paterna das crianças e formando uma nova família que comemora mais um aniversário. Vinte e uma anos, Gabi! Todos nós desejamos que seja feliz, que tenha juízo e USE.
- Olha o passarinho!

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