28.12.09












Passou a agonia da festa de Natal e pude curtir, junto com meu núcleo familiar, o nosso Natal. Fomos para a casa de praia e realizamos o famoso ritual de renascimento. A mesa já estava preparada com os símbolos que representam nossos valores: água, vinho e o pão repartido, para que, em nosso lar, sempre haja o que compartilhar. Banho de mar, jogar fora e deixar o fogo transformar o que não queremos mais, agradecer o que sonhamos realizar no novo ano que se aproxima. Bruxarias que realizo há quase dez anos e faço questão de compartilhar com os que moram mais dentro do meu coração, como leite com sustagen e suco de vampiro. Além do ritual, ficamos felizes com as coisas simples que realizamos juntos. Sob as bênçãos de São Francisco e Jesus, cozinhamos um camarão delicioso, temperado com ervas de nossa horta, jantamos à luz de velas numa varanda de frente para o mar, reverenciamos os duendes do jardim, conversamos com maria-farinha, ouvimos o canto dos pássaros, ficamos preguiçando na rede, lendo bons livros e ouvindo boa música, tomamos suco de laranja num café da manhã banhado pela luz do sol, gozamos da liberdade de um passeio de barco na travessia para o Colina 77, barzinho que frequentei na adolescência e que tive o prazer de voltar ao lado do meu marido e dos meus filhos. Nada de extraordinário fizemos e gozamos da essência da Vida. Na volta, de havaianas, as legítimas, fomos às compras de bermudas, camisas e cuecas. Para completar o final de semana perfeito, a tradicional limpeza do lustre de cristal da sala de jantar. Agora, sim, depois da ceia de Natal com as grandes famílias, do almoço no dia 25 com meu pai, da limpeza do lustre e do ritual na praia, concluí mais um ciclo e estou pronta para o que virá.

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