6.12.09

Ilustração: Romero Andrade Lima




Tive a oportunidade de ouvir a apresentação do programa Mãe Coruja, coordenado pela primeira dama do estado de Pernambuco, Renata Campos. Fiquei muito feliz com o que vi e ouvi, pois acredito que as verdadeiras transformações que ocorrerão no nosso planeta terão que começar pelo útero. Claro que há as restrições características de um programa governamental, abrangente, que tem que lidar com uma cultura existente que ainda não absorveu todos os benfícios que seus objetivos tentam alcançar. Senti falta de um espaço para parteiras, para os famosos chás de nossas avós no cuidado com os bebês. Não percebi se há um enfoque na amamentação, pois como psi defendo com unhas e dentes a importância deste vínculo, não apenas para a saúde física, mas, principlamente, para a mental, na relação mãe-bebê. Também fiquei com questões sobre o acompanhamento psicológico das mães assistidas pelo programa e sobre a alimentação destas gestantes. Minha cabeça ficou cheia de ideias de parcerias com a sociedade civil, como o Rotary, que está presente em quase todos os municípios do estado. Há um cuidado especial para as mães que ainda estão na adolescência? Estimula-se o debate do planejamento familiar? Tudo isso que pensei, questionei, está relacionado a aspectos objetivos da concepção, gestação, parto e pós-parto, à saúde, propriamente dita.
Como Psicóloga, que trabalha dentro de uma abordagem transpessoal, considero de suma importância o período que o bebê passa no útero e, também, o momento do parto, pois vemos em consultório as consequências da desarmonia que ocorre nestes instantes cruciais de todo ser humano. Além disso, também trabalho com o Sagrado do Feminino, e fico sensibilizada para as oportunidades de resgate dessa força mágica que envolve a mulher quando gera uma nova vida.
Iniciativas como esta precisam ser valorizadas e apoiadas por toda a sociedade se quisermos construir verdadeiramente um mundo de paz.
Logo no início da palestra, Renata fez uma observação importante. Falou que esposa de médico não precisa estar ao lado do marido nas cirurgias que ele faz, que esposa de engenheiro não precisa entender de construção de prédios, mas que esposa de político não pode se omitir de estar ao lado do marido, desenvolvendo ações que o ajudem na realização de um projeto que contribua para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Compartilho essa posição e acrescento mais ainda: esposa de político pode, e deve, contribuir com sua energia feminina, seu olhar singular, para que em cada canto do planeta, a vida possa retomar seu caminho de alegria, amor e paz.
Vamos fazer a nossa parte.

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