12.6.11


Dia dos Namorados! Sei que existe todo o discurso de que é uma data fabricada para o aumento do consumo numa sociedade capitalista. E até concordo com este idéia. Porém, acredito na força dos rituais, naquilo que é simbólico, e acolho este momento como uma possibilidade de se reverenciar o amor.

Celebro sempre a minha possibilidade de amar. É tão bom. Os amores já mudaram, mas meu coração, apesar de muitas vezes ferido, não perdeu a ternura e continua acolhendo novos encontros.
Gosto de realizar os sonhos daqueles que amo e fui abastecida de dengo por aqueles que me amaram. Lembro que já recebi jóia em caixa de fósforo, aliança dentro de uma rosa na beira do mar, bichinho de pelúcia, perfume francês, camisola. Já procurei discos especiais, perfumes cheios de tesão, camisas. Já preparei caixas cheias de segredinhos e de sacanagens deliciosas. Tudo foi muito gostoso. Claro que existem alguns traumas, pois não adianta preparar uma linda mesa, com velas, flores e vinho, se o seu amor está com a cabeça – e outras partes do corpo -, em outra pessoa. Vivi esta dor. Mas meu coração não se fechou e ousou preparar novas mesas para novos amores.
Tive Príncipe Encantado, vivo com um Rei. Sem tensão, com tesão. Companheirismo, afinidade total. Aliás, é tanta que compramos o mesmo presente para darmos um ao outro! Uma rotina simples e plena. Acordar junto, preparar café, dançar na varanda vendo o sol nascer, sonhar os mesmos sonhos, aprender um com o outro, deitar na rede e ficar abraçadinho ouvindo o canto dos pássaros, tomar banho de mar, ver filme comendo pipoca, ler histórias juntos antes de dormir. Encaixe de corpos, encontro de almas. Beijo na boca com gosto de quero mais. Como traduzir o que se passa lá dentro? Escrevo, fotografa.
Juntos há algum tempo, ainda sinto o coração bater mais acelerado quando o encontro ou fico toda derretidinha quando me torno público e apenas contemplo o grande homem, o meu homem.
Honro e reverencio os amores que tive e que me permitiram ser quem sou e hoje construir esta linda história de amor. Sorte é que não foi. Graças às transformações que vivi, tornei-me mais bonita e recebi as bênçãos das Deusas. Repetindo um verso do poetinha que muito entendeu de amor, ‘porque a vida só se dá pra quem se deu’. Eu me entreguei por inteira.

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