16.8.11

ho’oponopono


Foto: Roberto Arrais


Além daquela que gosta de viver de acordo com o ritmo da natureza, conversar com o sol, a lua e as estrelas, compartilhar o ambiente com plantas, animais e viventes do reino mineral, reverenciar os Quatro Elementos e os Elementais, também existe em mim uma outra que gosta de dar aulas, fazer palestras, contar histórias para crianças, conversar com mulheres, ajudar organizações a criarem um futuro melhor para o mundo. Minha alma fica em êxtase quando produzo, crio, invento novas formas de ser feliz. Às vezes sinto que a idéia surge do Nada (ou seria do Todo), outras vezes percebo que foi sendo tecida calmamente no tear dos meus saberes.
O que sempre me acompanha, em qualquer situação, é uma completa fé no Sagrado, uma certeza de que há algo maior que gerencia, se é que se pode chamar assim, o que acontece no Universo e que todas as coisas que surgem em nossas vidas são instrumentos para nosso desenvolvimento, no eterno processo de individuação. Por isso, quando sinto o Chamado, entrego-me sem medo, numa confiança absoluta. Este posicionamento já me levou para várias aventuras, que muitos chamariam de loucura, e me permitiu experienciar coisas maravilhosas.
Quando surgiu a física quântica dizendo que tudo é energia, senti que aí seria a minha praia teórica. Não vejo os campos energéticos, mas os sinto quase como algo físico mesmo. Isto me permite um relacionamento com tudo que há e a compreensão de que tudo que acontece em minha vida é fruto da frequência energética em que vibro. Não há culpa, mas responsabilidade. Se ainda não aprendi o que tenho que aprender, a vida me traz novamente a experiência, de uma forma diferente, dando-me uma nova oportunidade para evoluir. Sempre pensei e senti assim.
Porém, Reica, minha gurua, indicou-me um livro – Limite Zero – que fala sobre nossa responsabilidade com tudo que acontece no universo. Traz os conceitos do ho’oponopono, um processo de cura havaiano. Simples e muito profundo, como são as grandes verdades e seus mistérios. “Eu te amo”. “Sinto muito”. “Por favor, me perdoa”. “Obrigada”. O autor, Joe Vitale, relata seus encontros com o método e com o terapeuta Ihaleakala Hew Len. Conta sobre sua dificuldade de sair do controle das situações e viver sem fazer planos, deixando que o Sagrado defina quais caminhos serão trilhados. Há no livro provocações para quebra de paradigmas. Quando um pensamento é oriundo da memória e quando é fruto da Inspiração (entendo-se aqui que seria uma comunicação do Divino)? Ou ainda, “você se sentirá melhor quando deixar que o Divino tome conta de você”. Adorei tudo isso, pois já vivi situações em que fui apenas canal do Sagrado e, também, permito-me ser cuidada por esta Força Maior.
Um dos meus mantras favoritos: Deus proverá.
Que venha a Vida, essa grande aventura!

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