7.6.07

Reverenciando Afrodite

Existe algo de mágico na forma que a mulher tem de se fazer bela. Não importa a cultura, mas existe um ritual, um momento em que a mulher entra em contato com sua sagrada energia feminina e a Deusa Afrodite se expressa nas mais diversas formas. Talvez, a questão da sedução das fêmeas para acasalarem com machos mais fortes esteja na origem primitiva desse ritual. As índias se pintam, as negras africanas colocam suas argolas, as orientais pintam os olhos, as ocidentais seguem a moda e vão às compras.
É bonito ver amigas fazendo compras. Pode ser uma camisola nova, aquele sapato da cor da tirinha do vestido, uma bolsa poderosa, o vestido que realçou o colo e escondeu a barriguinha. E na hora da escolha do colar que combine com a bolsa, com o detalhe da saia e que não seja muito caro, a opinião de uma amiga é fundamental. Há também as que preferem comprar tecidos e costurarem as roupas nos modelos mais fascinantes. O momento do creme no corpo, daquele produto que faz as rugas ficarem no lugar delas, do batom que é tudo que há, também promovem o encontro com a Deusa da beleza. Se o dinheiro não existe, um bom banho, uma arrumada no cabelo, bastam para fazer a mulher se sentir feminina.
Noutro dia, uma quase cinqüentona tinha se produzido e ido a um shopping para comprar cadernos para os filhos. Ao passar por uma mesa, dessas que ficam em cafés no meio do corredor, um homem olhou para ela de cima abaixo, fixou o olhar no seu decote, não conseguiu se conter e exclamou admirado “Valha-me Deus!”. Ela apenas sorriu.
Não importa a época nem o lugar: reverência à beleza feminina.

Nenhum comentário: