8.9.08

Lagoa dos Gatos
















“Se algum dia, à minha terra eu voltar...”
Foi assim, emocionada como na música, que voltei a Lagoa dos Gatos, terra de minha mãe, junto com meus filhos, meu marido, minha babá, a babá de meus filhos e nosso motorista. Os meninos estiveram lá quando crianças e não lembravam nada.
Adoraram a surpresa da casa. Tudo pronto e arrumado para eles. Bombons, escovas de dente, DVDs preferidos, todos os detalhes para que se sentissem em nosso lar. O marido ainda não tinha visto tudo pronto e ficou encantado com a transformação de cômodos vazios num ninho de amor. Eu estava em êxtase. Não dava nem vontade de sair. Perdemos o teatro, perdemos o show, perdemos o desfile. Aproveitamos cada minuto, só nós, juntinhos. Comemos camarão, founde de queijo, churrasco, morangos, sorvete de chocolate. Vimos dvs e ouvimos muitos lps.
Nos passeios pela lagoa, brincamos com o gato. Contei o que fazia quando ia para lá quando a criança era eu. Fomos visitar nosso terreno. Adoraram as árvores, a vista, as pedras, a cacimba, os cupins, as formigas e as abelhas. A dor da picada do maribondo não me abateu. Escolhemos o local da casa num lugar alto, com vento e uma paisagem de tirar o fôlego.
Seguimos em frente e, depois de muitas ladeiras, chegamos ao sítio que foi de meu avô materno. Os pavões faziam um alvoroço enorme. Descemos para a bica e lá relembramos as famosas farras da família Souza Lira, com músicas, cachaça e alegria. Tomamos banho de bica, de açude e de piscina. Brincamos muito e até ouvimos vozes do além.
O tempo nos cobrava a volta. Saímos de lá com a certeza de que isso foi apenas o começo e que nunca mais iremos ficar tanto tempo longe.
“Eu vou partir, não aceito desacato, adeus terrinha santa, adeus nossa Lagoa dos Gatos.”

Um comentário:

Anônimo disse...

Oiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii,
O texto é muito fiel de tudo que vivenciamos nesse maravilhoso final de semana em Lagoa dos Gatos. Foi até engraçado como brincamos com os "compromissos"atrasados, não chegamos na peça de teatro, que era sobre a Guerra dos Cabanos, que envolveu no século Dezenove toda aquela região, como Lagoa dos Gatos, Panelas, Cupira, Jurema, Quipapá, e outros municípios vizinhos. Era muito interessante que pudessemos assistir, mas o tempo ouvindo lps dos Beatles, Vinicius, foram tomando nosso sonâmbulo tempo, deitado na rede, nas almofadas e no sofá, e quando fomos chegando os atores e atrizes com seus armamentos e vestes da época, vinham voltando para casa. O sítio da família é lindo e tem uma paisagem extraordináia. Quando fomos a primeira vez lá, um vizinho sr. Leopoldo, se não me engano, disse que ali era o sítio de Dona Eremita e Sr. Teófilo, lembrou deles, das crianças, hoje adultas, falou da ausência de todos, do tempo passado sem que mais tenha visto a todos. O local é lindooooooooooooooo, estonteante, a paisagem é fenomenalllllll, quando se olha no infinito, vê-se uma série de serras onduladas, umas com capim de nuances verdes, matas fechadas em alguns locais, água por todos os lados, vistos de longe são vedadeiras "poças", como assim os denominam Pedro. Patrícia como sempre você foi maravilhosa no cuidado, no carinho amoroso de construir mais esse belo ninho, próximo de um cenário natural dos mais bonitos que há em nossa terra. E diante de tanta beleza ficamos, eu, Patricia e Gabi, fotografando paisagens, pedaços e partes de cenários, sorrisos de cada um dos que compartilharam esse maravilhoso final de semana, onde muitos comemoravam a independência do nosso País. Nós comemoramos vivendo aquele momento mágico na Lagoa dos Gatos, que não faltou também com seu dever cívico, realizando, e agente, como era de se esperar, chegando no final, um belo desfile das escolas municipais para alegria do seu povo.
Beijos de quem muito te admira e te ama, Roberto Arrais.