23.3.09

Os dois lados da mesma moeda











Na última quarta-feira saí do meu consultório muito cansada. Só consegui tomar um café e cair na cama, exausta.
No outro dia, fui com minha irmã, duas amigas e nosso fiel escudeiro, o motorista, procurar casa em Gravatá para alugar na Semana Santa. Adorei uma e fechei na hora. Depois fomos conhecer o palácio de uma das amigas que estavam no carro. Ficamos encantadas com os detalhes carinhosos que se espalhavam por todos os lugares daquele cantinho de descanso. Comemos sanduíches e seguimos viagem para Lagoa dos Gatos, terra de minha mãe.
Minhas amigas nunca haviam estado lá, na terrinha santa, e se deslumbraram com a beleza da cidade, cheia de montanhas, pedras e água. Tiramos fruta do pé e chupamos pitomba. Depois fomos visitar nosso apartamento, mantido na cidade como o ponto de apoio quando viajamos para o interior. Adoraram tudo e ressaltaram a harmonia da decoração. Concordo com elas, pois lá colocamos o que tínhamos de melhor, já que seria nosso ninho de amor e de aconchego familiar.
Voltamos para Gravatá e fomos comer charque e cartola. Uma delícia para coroar o final do nosso passeio.
Na sexta-feira à noite fomos para a casa da outra amiga comer um autêntico bacalhau português, preparado por seu marido, com direito a bolinhos de bacalhau fritos por sua sogra, uma portuguesa legítimo. Tudo de dar água na boca. Também tomamos vinho, muito vinho.
Sábado de manhã, mais uma vez na estrada, agora só as três amigas, indo em direção à nova casa de praia. Sol, mar, cerveja, camarão e sorvete para celebrar mais um momento de alegria e amizade. Uma das minhas amigas ainda não conhecia essa casa na praia e adorou a decoração que mistura o artesanal com o sofisticado. Tudo azul!
Isso é um lado da moeda. O outro lado...
No sábado à noite assisti com meu marido a vídeos que documentam o problema do lixo no Brasil. Fui dormir inquieta. No domingo pela manhã, fomos andar pelo bairro para verificar a situação de um parque próximo do local onde moramos. Comemos azeitona roxa, tirada na hora por meninos da comunidade. Compramos jornal, fomos para a praça e nos sentamos à sombra das árvores para lê-lo com tranqüilidade. Almoçamos e mais filmes sobre o lixo.
À noite, no domingo, já tinha informações suficientes para não conseguir dormir com o tanto que tem para ser feito com o objetivo de ajudar outras pessoas a terem condições dignas para viverem em paz.
Gosto de viver desse jeito, na alternância entre o balanço da rede e o choque da vida, Funciona como a respiração. No Universo tudo tem um ritmo. O meu é esse. Já estou de mangas arregaçadas para começar o trabalho, ainda que meio zonza.

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