9.9.09

9.9.9









Fotos: Roberto Arrais
Hoje, 9/9/9, é um dia mágico. Dizem que o 9 manifestaria nossa conexão com o Sagrado, lá de cima. Já o 6, representaria nossa conexão com o Sagrado, cá de baixo. Por isso, o 69, representaria o todo, o Tao, o yin-yang, enfim, o encontro do Céu com a Terra. Não seria apenas uma coincidência o 69 ser conhecido, no senso comum, como uma posição sexual em que os parceiros se complementam, se encaixam. O 9 também simbolizaria o fim de um ciclo e o começo de um outro, colocando a vida sempre em movimento.
Acreditando que hoje, especialmente, a Energia Sagrada está derramando Suas bênçãos sobre nós, compartilho imagens que me deixam sem palavras diante de tamanha beleza. Ao contemplá-las, percebo-me parte do Todo e fico feliz por também estar conectada com a teia da vida, sentindo, em minha alma, que tudo está interligado.
Então, penso na minha criança interior, naquele pedacinho de mim que trouxe quando resolvi vir para cá, que sabe absolutamente toda a verdade sobre a jornada de minha alma. Muitas e muitas vezes, deixei-a sozinha, abandonada, trancada em um dos meus muitos esconderijos, e não a escutei, não segui o caminho que me apontava como meu. Tive que aprender, pela dor, a retornar para minha essência, resgatar minha sábia criança, e viver o meu destino, destino este que desde pequena eu sabia e esqueci. Quando ela reina absoluta em minha vida, dou gargalhadas, trabalho com prazer, faço tudo com leveza, sou puro amor e encantamento, como se a Energia fluísse através de mim.
Estou vivendo algo assim neste momento de minha vida, porque começo a viver o meu sonho de ser escritora. Fico triste quando percebo que demorei muito a me lembrar do que vim fazer aqui, pois as pistas eram tão claras, que era claro que a vida de escritora me pertencia e eu pertencia a ela. Por que recusei tanto tempo os chamados de minha criança que sempre me mostrou meu jeito único de ser feliz?
Agora, quando olho meus primeiros livros nas livrarias da cidade, lembro que vi, de uma forma que não sei explicar, esta cena antes, há alguns anos, acontecendo na minha frente. Previ o futuro ou criei meu futuro? Também vi meu amigo, à época, fotografando as belezas naturais da praia que eu contemplava, sem saber o que o futuro me reservaria, e, hoje, ele fotografa tudo isso com sensibilidade. De novo, onde estão passado-presente-futuro?

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