21.9.09


A vida anda me pregando uma peças grandes. Sabe quando a gente está numa fase em que só aparecem dificuldades? Tudo que você vai fazer tem um obstáculo no caminho? Pois é, tenho me segurado na minha imensa fé em que tudo tem um propósito e me inspirado no poema que diz que ‘com as pedras do caminho construirei um castelo’.
Devido a tantas broncas, às vezes, minha energia baixa e uso dos meus truques, se é que se pode chamar assim, para me reabastecer. Um deles, é a oração. Então, ontem, montei meu altar à mesa – incenso, pedras, velas, água com sal grosso e essência, terço, manjericão, pote com sal grosso, canela, cravo e alho – e comecei a ler mensagens do Sagrado contidas na Bíblia, no Evangelho Espírita e no livro Jesus no Lar. Pedi que espíritos de luz guiassem minha leitura e colocassem energia no copo d’água que beberia depois. Os textos me falaram sobre o dom da Coragem e sobre as injustiças sociais. Fiquei um tempão refletindo sobre eles. Acredito que os desafios que se apresentam em nossas vidas, surgem para fortalecer nossas almas, para nos ensinar o que ainda não conseguimos aprender. Precisamos entender, e sentir, que tudo está interligado e que as conexões seguem leis que a física quântica hoje explica. Se é assim, a abundância que existe no Universo também se expressa em minha vida. Só preciso entrar na mesma frequência. No seu livro O Jogo Cósmico, Grof faz pontes entre as mais novas descobertas da ciência e os ensinamentos das mais antigas tradições religiosas. Jung já nos falava de sincronicidade e isto se manifesta todos os dias em nossas vidas. Precisamos, apenas, de olhos para ver.
No momento em que estava lendo os textos em busca de mensagens para as crises que enfrento agora, caiu do livro uma carta de minha bisavó, psicografada por minha tia. O que tem escrito nela eu quase que já sei de cor, mas o que me fisgou e me encheu de saudades foi ver a caligrafia de minha amada tia, já falecida, ali, tão presente em minhas mãos. Guardo, também, um pedaço de papel onte tem escrita, com a letra de minha mãe, a oração da Pedra Dara. Onde estarão as duas? Tive esta mesma sensação quando vi seus ossos no caixão. Não havia mais cérebro, apensas ossos. Onde estariam o amor que sentiram, os sonhos que tiveram?
Gosto de pensar sobre essas coisas. Talvez, por isso, chorava quando ía para minhas aulas de mestrado em informática, há muito tempo atrás, e o professor ficava falando ‘se A, então B’ e eu pensava que o dia que estava vivendo não voltaria e que desperdiçava minha energia, meu dia e minha vida.
Estou mais ligada ns coisas simples e belas da vida, como a luz dos sol brilhando no mar ou nas follhas de uma árvore, o colorido das flores na primavera, o canto dos pássaros, a música das palhas do coqueiro, a energia da deusa lua mexendo com meu corpo e com minhas emoções, o calor do corpo do meu amado, o sorriso dos meus filhos, enchendo de alegria os cantos de nossa casa. Cheguei a pensar que este era o olhar da artista que desabrochava em mim. Hoje, sinto que este é o sentimento de quem vivencia o Sagrado.

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