13.4.11

Viagem ao Chile - parte 3

Já refeitos do encontro com Neruda, seguimos a pé e visitamos um lindo mercado, Pátio Bella Vista, cheio de restaurantes e lojas, bem dentro do astral da Bella Vista. Caminhamos mais um pouco, procurando a Fundação Salvador Allende. Não a encontramos, mas, para nossa surpresa, guiados pelas forças invisíveis do Universo, deparamo-nos com o Comitê Central do Partido Comunista do Chile, onde o camarada Roberto pode conversar com camaradas locais. Emocionante vê-lo no retorno ao lar. Soubemos de um encontro que irá acontecer no Sábado e no Domingo. Estaremos lá. Compramos broches e cds. Seguimos para o Mercado Central para, finalmente, almoçarmos. O Mercado merece uma visita, pois seus balcões de peixes e crustáceos inalam o odor característico. Sua arquitetura é linda e almoçamos num restaurante servidos por um brasileiro. A conta vem em $, U$ e R$. São muitos os verde-amarelo que estão por aqui. Estávamos no Centro, bairro com características próprias, e seguramos as bolsas. Mais uma vez a pé, em direção à Praça das Armas, procurando a Fundação Victor Jara. Parecia um jogo de esconde-esconde. Nada da Fundação, mas a Praça é belíssima com a Catedral de Santiago, os Correios e muitos outros prédios antigos. Muita vida na Praça. Artistas com suas obras, fotógrafos tipo lambe-lambe – com suas máquinas digitais e impressoras portáteis -, muitos idosos jogando xadrez, crianças tomando banho no chafariz. Bancos e flores e pombos compõem a paisagem. Buscamos informações e seguimos pela Agustinas em direção à Praça Brasil, local da Fundação. Andamos muito, muito mesmo. No caminho nos deparamos com uma praça enorme, linda, que se encontra em frente ao Palácio de La Moneda, sede da Presidência do Chile e local onde Allende se matou. Mais caminhada e, quando estava quase surtando de exaustão, chegamos à Fundação. O prédio tem, ao lado, um galpão com capacidade para 500 pessoas, onde são realizados shows com bandas emergentes. Artistas tomam conta do local. Tudo é muito simples, mas há um verdadeiro trabalho de engajamento popular através da música. Na praça havia um grupo de monitores e crianças imigrantes tendo aula de música – atendem 300 crianças.

Tentamos visitar o Museu de La Memoria, mas o táxi não quis nos levar, não estava em sua rota, e seguimos a pé até o metrô. Mais na frente trocamos de Linha e, finalmente, chegamos ao nosso bairro. Compramos mais água, suco e patê e chegamos ao hotel às 19h. Exaustos, caímos na cama com o corpo todo doído e os pés pedindo socorro. Ainda era dia e Roberto ainda saiu para fotografar o Parque das Esculturas, vizinho ao nosso lar no Chile. Banho, pão assado com patê e vinho, claro, ao som de uma estação de rádio sintonizada na TV.








 
Fotos: Patrícia e Roberto Arrais

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