10.4.11










Aniversário de minha mãe. Onde estará?

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Ontem à tarde, fiz doce de goiaba com minha filha. Pegamos aquelas frutas bem amarelinhas, lavamos todas, começamos a partir, uma por uma, em pedaços, surgiu o vermelho. Colocamos tudo numa panela, açúcar para transformar em doce, fogo baixo, tampa sem fechar tudo. Ainda não está no ponto, mais açúcar, o cheiro bom invadindo a casa, deixa engrossar mais o caldo.
Vamos aproveitar a chuva que cai forte lá fora e deitar no sofá para assistir ao seriado Divã. Hilário. Amante e esposa juntas. Isso é muito mais comum do que se pode imaginar, que o digam as psicólogas. Adorei e, mais uma vez, fiquei com inveja da escritora. Queria saber escrever assim.
O cheiro do doce nos levou para a cozinha. Pronto. Liquidificador, peneira, potes até esfriar. Hora de ir para as cobertas, ler um bom livro e cochilar.
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Foi assim o final do meu dia onte, ao lado do meu marido e de minha filha. Os filhos tinham ido para a casa do pai, meu irmão e sua família estavam no shopping, minha irmã curtia com sua turma a ressaca da festa maravilhosa que nos proporcionou. Tudo calmo, tudo quieto, cada coisa em seu lugar. Paz.
Já havíamos conversado, entre uma cerveja e um doce, sobre a vida, sobre as novidades – tio Quinho ficou sem palavras -, sobre a festa. Muito bom rever todo mundo, muito bom dançar em família. Estava com as pessoas que amo: filhos, marido, irmãos, sobrinhos, cunhado, cunhada, sogra, tios e tias, primos e primas, amigos e amigas. Muito espumante, meus pimpolhos estranhando o comportamento da mãe, o marido tomando conta por conta do nível do álcool. Dançamos tanto que o corpo mal se mexia no outro dia. Festa de arromba, como diriam os da minha época.
Pena que não deu para ir para a praia, matar a saudade que todo mundo está de lá. A chuva continua chegando forte por aqui.
Eu consegui rever meus amigos da praia. Encontrei com os pássaros, com as marias-farinhas, nadei com peixinhos e com agulhas. Encantei-me com gaivotas e borboletas, ouvi o canto das ondas do mar e das palhas do nosso coqueiro. Bebi água salgada, conversei com as fadas e os duendes, cuidei das plantas, ajudei a limpar a casa, coloquei as redes, abasteci a geladeira de delícias. As camas já estão forradas, as toalhas atrás das portas. Só falta a alegria da nossa família para a casa voltar a ser o lar.
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Nas fotos que meu marido fez hoje, há o registro de uma linda siriema descansando no pneu do carro em nossa garagem. Quando contemplo as diferentes formas de vida, fico pensando em como Deus é amostrado. Tudo perfeito.

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