13.11.06

Mais uma, das muitas que sou


Hoje acordei feliz. O sol estava entrando pela janela do meu quarto, animando-me a enfrentar o dia com alegria.
Como todos os outros dias, hoje era um dia especial e eu faria tudo que estivesse com vontade de fazer. Levantei-me, tomei mel e água, voltei para o banheiro, fiz minha higiene pessoal, coloquei uma roupa confortável e fui para a beira da praia meditar. Nunca me acostumo com a beleza da natureza; sempre me encanto e me emociono. O vento no meu rosto, o canto dos pássaros, o barulho das ondas, o calor do sol. Qual a cor do mar? Fiquei lá, sentada, respirando apenas, por um tempo que não sei contar.
Hora do suco de vampiro!! Beterraba, cenoura, laranja, tomate. Pronta para a caminhada com Anuska e Hércules, meus fiéis companheiros de quatro patas. Um momento de encontro comigo. Os pés entrando na areia molhada, um tapete de águas-vivas brilhando ao sol. Aqui e ali, uma parada para pegar conchinhas ou para deixar as lavadeiras passarem.
Voltei para minha xícara de café e meu pão quentinho. Aguar o jardim. Colher flores e ervas cheirosas. E aí, começou o meu dia. Diante do computador, sentada na varanda, fechei os olhos, respirei e deixei fluir os movimentos dos dedos que foram construindo palavras, frases, textos e revelando a vida. Ausência de tempo e espaço. Só o sagrado.
Hora do almoço. Incensos, saladas, sucos e uma boa música. O balanço da rede embalou minha sesta, junto à Clarice. Acordei, fiz um pouco de ioga e, viva a disciplina, sentei-me ao computador outra vez. Internet, livrarias, blogs, livros e poemas inteiros num simples clicar. Um chá para acompanhar. Comecei a escrever novamente. De repente, a lua, saindo do mar, me disse que já era noite. Espriguicei-me, tomei um banho bem morninho e uma sopa quente. As notícias de um mundo distante chegaram-me pela tv. Escolhi um bom filme. Deitei-me ao relento e conversei com as estrelas, contando-lhes meus segredos, minhas saudades, meus amores. O sono chegou. A cama me chamou. Agora, estou aqui, tão feliz como acordei. No céu, não mais o sol; apenas a lua a embalar meus sonhos.

Nenhum comentário: